O gajo que tem a mania de perseguição e que vai parar a uma familia que fala uma lingua "estranha"
Após um inicio prometedor de namoro Alberto decide que já é tempo de dar o "next step" , elevando a relação a um patamar mais sério, conhecendo os pais da sua amada.
Tudo combinado: sair de Lisboa as 18h, chegar ao destino ás 20h, onde os seus sogros, jà no restaurante, os esperam para a primeira apresentação oficial enquanto namorado da sua filha única.
Chegados ao local Alberto lança um piropo na lingua dos seus sogros, treinado ao longo de dias e dias, para naquele momento, que ele sabia que iria acontecer, não defraudar expectativas. "1-0"- pensou Alberto após esta "investida" de sucesso.
Bem mais confiante, Alberto decide então olhar para o menu, onde escolhe um prato que lhe pareceu bem e onde as verduras, daquelas q nos deixam os dentes verdinhos sem que nos apercebamos, e alho que nos deixa com um respirar fresquinho e cheiroso, não constavam.
Mais uma ligeira troca de palavras na lingua de Camões, sempre com um sorriso daqueles q nos fazem chegar a casa com dores nas buxexas e eis que vê o empregado com uma travessa gigante, recheada de comida à bruta, na sua direcção: "Não!!!!! Não venhas trazer-me essa travessa por favor, não quero ser eu o gajo q escolheu a travessa que dava para alimentar uma familia na Etiopia, só porque são os sogros a pagar." - pensou Alberto.
"Boa escolha!"exclama o sogro na lingua de camões dirigindo-se escassos segundos depois para a sua mulher, trocando algumas palavras na sua lingua natal.
"Merda, aposto que tão a falar de mim, e achar q sou um guloso que para além de namorar a sua filha, ainda aproveito para vir aqui encher o bandulho. Porque é que que eu não vi que esta merda dizia que era para 2 pessoas? Tou desgraçado.."- pensou Alberto.
O jantar continua, e Alberto volta a ouvir "Alberto" nas frases trocadas nessa lingua estranha para Alberto, entre a sua amada e seus pais. "Aposto que tão a dizer que não me curtem, ou a fazer apostas entre eles se consigo comer isto tudo ou não. Que que eu faço? Como tudo e dou uma de abusado ou deixo e dou uma de desperdiçar comida quando todos os dias se ouve falar de mais falta de comida no mundo?"
"Sobremesa?" - pergunta o empregado. "Nem pensar!" - pensa Berto, enquanto se recorda do livro de Paula Bobone, no qual esta sabiamente diz que jamais, em situação alguma, se diz "não" a uma pessoa mais velha, ou recusa aceitar algo destes..
Entretanto já seus sogros voltam a dialogar entre eles. "Merda, aposto que já tão a dizer que sou um alarve. Vou ter de dar a volta..""Não sou grande apreciador de doces sabe tia? Na familia ninguém gosta muito de doces e como quem sai aos seus não degenera, também herdei essa fraca queda para os doces."- "2-1 ganho eu"
O jantar termina e com ele as despedidas surgem "Então Alberto, já que soube tão bem cumprimentar em Jackiechanismo, como é q se despede também na nossa lingua?" "Pronto, jà me f****. Fernanda bem me podias ter ensinado essa parte também.. JÁ SEI!!! Vou usar o velho truque de "bem se isto é isto, aquilo é aquilo.." e sempre vou ganhando uns segundos.."
Desolado após mais um fracasso de impressionar a sogra, Alberto volta então para o carro..
Zaijian e até qualquer dia!
5 Comments:
Não sei porquê, mas cheira-me que o Alberto tem de apelido Oliveira e o seu primeiro nome começa por P...eheh
grande abraço e excelente descrição!
raios! fui apanhado! ;)
Muito bom, muito bom! Terás de me contar esta história pessoalmente.
E já agora, comeste o prato todo que era para duas pessoas?
As melhoras Pedri, vê lá se te livras dessa gripe!
subtilmente sugeri à Jing que experimentasse um bocado e assim vi-me livre do que já não cabia no meu estômago. lol ;)
conti me imenso para nao me rir da tua cara disfarçada de nervosismo...mesmo assim ate te portaste bem meu querido ;)
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