Não me identifico com esta gente!

Penso não ser só eu mas de qualquer forma, tenho de partilhar isto convosco: não me identifico com a malta que estuda/ou direito.
Os que me conhecem, neste momento devem estar a pensar: "tão mas grande parte dos teus amigos, inclusive 2 dos teus padrinhos estudaram direito e exercem advocacia?!?" Ao que eu tenho a honra de ser sincero e de vos dizer que, como em tudo, "são a excepção à regra!"
Esta minha azia a esta gente começa logo no preciso momento em que são aprovados na última cadeira do curso, e que de imediato se intitulam "doutores" ou pior "advogados"!
Oh minha gente, será que estas criaturas não percebem que o curso de direito não licencia advogados mas sim técnicos do direito que dentro da panóplia de profissões que este curso oferece (teoricamente) poderão eventualmente um dia a se inscrever na Ordem e aí sim exercer advocacia???
Vamos com calma gentinha porque também nem todos os filhos de brasileiras são "filhos da p****)".
Mas adiante, como me posso eu identificar com esta malta que mesmo a discutir utiliza termos como "peço desculpa sotôr" "o meu ilustre colega está a ser patético" e afins? Á Serafina style isto resolve-se com um "mas o que é que tu queres pá?" "tás armado em campeão é? vê lá é se não levas uma cabeçada à cais do sodré?" (podem querer que tudo se resolve mais rapidamente, nem que seja por falta de resposta de uma parte que entretanto ficou com os dentes partidos.)
Mas mais meus meninos, mais, e a "lambe-botice" do "com a devida vénia" perante os juízes? Mas vénia, porquê? Porque copiou nos exames do CEJ e ao contrários dos outros tótós que agora foram apanhados, este se safou mas que ainda assim como esses tótós pseudo-estudantes abdicou duma vida social e do bom senso? Era o que faltava..
E esta coisa sinistra de a malta se tratar por "colega"? Mas colega porquê? Andámos juntos na escola? Jogámos à bola juntos? Ou agora lá porque tirámos o mesmo curso e ambos decidimos seguir a vida de advogado, faz de nós essa coisa que me recuso a repetir escrever?
De facto, tratam-se de práticas e costumes tão sinistros e que se encontram de tal forma implementados nesta gente que se torna difícil acreditar que tirámos o mesmo curso!