O blog onde o amaral é o ponta de lança ideal

Wednesday, March 07, 2012

"Tão"

A forma como a malta se cumprimenta na noite devia ser objecto de um estudo.
De facto, se pensarem bem, todos nós já fomos cumprimentados de 1001 maneiras diferentes por 1001 pessoas diferentes e muitas delas de forma surpreendente.
Por exemplo, a quem nunca aconteceu estar numa discoteca e surgir alguém com um sorriso e que sem mais conversas manda um "tão, tás bom" enquanto dá aquele beijinho de toca-e-foge-buxexa-a-buxexa e que mal passa nos deixa aquela sensação de "quem é esta/e gaja/o?"
Também há aquele cumprimento tipico de raparigas que num misto de histerismo/cinismo/pouca ou nenhuma amizade soltam um "tão queridaaa? tás tão gira", que provoca em nós rapazes, ou se calhar somente em mim, a sensação de "gostas tanto dela como eu de saber que aos 50 anos tenho de fazer um exame à próstata".
Não pensem minhas queridas amigas feministas, que neste preciso momento têm a seta do rato colocado na cruzinha que se encontra dentro da caixinha encarnada no canto superior direito do vosso ecrã prestes a fechar uma obra literária a roçar o fraquinho, que nós homens (garotos, miúdos, rapazes, sacos de boxe com pilinha....enfim o vosso sexo oposto) também não saudamos com cinismo.
Caso típico é aquele gajo que sabe que no secundário lhe sacaste a namorada com quem ele um dia sonhava comer de mão dada um churro com chocolate numa tarde quente de verão a ver as gaivotas a procriar no rio Tejo, que ao passar por ti te manda um seco e rude "tão" acompanhado de uma ligeira "chapadinha à padrinho" ou, se o rapaz for mesmo mesmo rude, um ombro- a-ombro que só aos olhos de Pedro Proença não seria falta..
Por fim, dentro dos 3 modos de saudar que decidi abordar, há aquele em que num encontro tipico de serie da fox life encontramos o ex-namorado da nossa actual namorada.
O freesom que se faz sentir entre o "olha este é o gajo com quem faço marotices" e "olha este é o gajo com quem eu fiz badalhoquices" até ao cumprimento seco de "tão tás porreiro" acompanhado de um aperto de mão em que um gajo tem, obrigatoriamente, utilizar toda a sua força para meter o "menino" em respeito, é digno de um filme coreano!
Deixo-vos este tema à consideração...

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