O blog onde o amaral é o ponta de lança ideal

Friday, November 04, 2016

Bufómetro

Hoje, enquanto inalava o mau cheiro de uma gorda que decidiu, na presença do seu namorado, soltar, em gás, toda uma gordura acumulada nos passados dias,  recordei uma conversa que há uns anos tive com um amigo ( e que confesso, pensava que já havia aqui escrito), respeitante ao paralelismo, na minha opinião, existente entre a tolerância ao peido da/do namorada/namorado e o estado da relação com essa pessoa.
De facto, no inicio das relações, a malta ainda está na fase da descoberta.
Nessa altura, tudo parece maravilhoso, e no que a bufas se refere, a mulher acredita piamente que o príncipe encantado - que sacou numa campanha do Banco Alimentar em que ambos, desesperados por arranjar alguém simularam estar muito preocupados com os mais necessitados, e meteram os seus melhores kits para ir para a porta do Pingo Doce recolher comida - não solta uma bufinha que seja ao seu lado, enquanto que, por seu turno, o homem, no seu íntimo, acredita que aquele ser angelical, nem cócó faz (isto, no caso de não a ter conhecido no Urban...).
Com o passar do tempo, vai haver um momento em que a mulher comete um erro, que se virá a revelar fatal: num acto de descontração solta uma ligeira bufinha.
E aí, está dado o pontapé de saída: ela faz um ar de envergonhada e o amor é tanto que o homem ignora o aroma proveniente do seu bem-amado, aproveitando, no entanto, também ele, para soltar um peidinho.
Nessa altura, envergonhadamente, ambos acabam por se abraçar, isto ainda no banco traseiro do Ford Fiesta que ele, tendo enterrado todas as suas poupanças dos tempos da apanha do tomate na Holanda, adquiriu através de um crédito bancário.
Volvidos uns tempos, aquela ligeira bufinha e aquele ligueiro peidinho, vão surgindo aqui e ali, sempre com a máxima tolerância do inalador passivo, pois que o "amor supera qualquer mau cheiro".
O problema surge mais tarde,  quando a traseira do Ford começa a ser mais usada pelas amigas dela que pedem boleia para a Ramada, do que propriamente para práticas de alta celindragem.
Aí, a anteriormente "bufinha querida" ou o anterior "peidinho maroto", começam a ser olhados com uma certa repugnância pelo companheiro/a.
Até que chega a fase em que a Credibom já lhes vai buscar o Ford, distribuir a Dica da semana já não chega para irem ao Colombo comer um gelado e pantufadas, ele só na vizinha do 6.º esquerdo e ela no João Carlos, "um miúdo lá do ginásio".
Nessa fase, a simples bufinha/peidinho é recebida com frases como "porco do caralho", "minha granda badalhoca".
Agora pensem...


0 Comments:

Post a Comment

<< Home