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Sunday, May 01, 2011

Razão têm os finlandeses!


Hoje, para além do dia da Mãe, celebra-se o Dia do Trabalhador.
Um pouco contraditório é verificar que, numa altura em que já existem quase mais desempregados que empregados, o número de pessoas a participar nas celebrações deste dia aumenta ano após ano.
Isto faz-me lembrar aqueles gajos, que eu teimo em não perceber, que quando uma equipa portuguesa, que não a sua, vence na Europa, vêm para as ruas comemorar, porque "é uma equipa portuguesa".
Continuando, se para alguns o dia do Trabalhador é "mais um dia", para os nossos sindicatos, quiçá numa tentativa de justificar o porquê das suas existências, este dia está a ser um dia espectacular e uma oportunidade de ouro para, ao bom estilo daqueles grupos dos amigos dos animais que no Natal se colocam à porta dos circos na esperança que as criancinhas de 4 anos deixem de querer ir ver os palhaços e os leões porque "são maus para os bichinhos", também eles hoje se porem à porta dos dois maiores grupos de distribuição portugueses, incentivando as pessoas a não fazerem compras neste dia tão importante.
Questão estúpida e ingénua da minha parte: Senhores sindicalistas, já não bastam as tolerâncias de ponto na função pública nos dias que cá estão os senhores da Nato, as pontes, os serviços públicos não funcionarem depois das 16 horas, existirem 1001 cargos de assessores de assessores, as frotas de luxo atribuidas aos administradores de empresas públicas, os vicios de "coça-até-fazer-ferida" dos nossos funcionários públicos, também agora vocês querem dar um ar da vossa graça ao intrometerem-se na vida económica das duas únicas empresas portuguesas que, mesmo em tempos de "crise", dão emprego a tantas familias?
É a coçar que isto vai para a frente? Ou dá-vos jeito, como eu num anterior post dizia, utilizar a "crise" para ter tempo de antena?
E já senhor sindicalista que hoje se encontrava à porta do Pingo Doce, acha mesmo que foi pelas suas doces palavras que eu deixei de ir lá dentro comprar papel higiénico?
Como se costuma dizer, "o corpo não tem culpa dos maus negócios", se é que me entende..
Concluindo, perante esta nossa clássica posição do "vamos acabar com a crise" seguida do "começa aí tu, que eu já te ajudo", razão têm os finlandeses para se oporem à ajuda financeira a Portugal.

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