O blog onde o amaral é o ponta de lança ideal

Wednesday, April 18, 2012

Caso Cardinal(i)!



Na última semana, qualquer estrangeiro ao passar o terminal de chegadas no Aeroporto da Portela, ia com toda a certeza pensar que acabara de chegar a um país onde não há desemprego, falta de dinheiro, onde os bancos funcionam bem e até emprestam dinheiro áqueles que de dinheiro precisam, etc..
Isto porque, na última semana em Portugal, não se fala noutra coisa a não ser no caso "Cardinal(i)" (acrescentei um "i" para dar um nome mais artistico à coisa.)
Seria hipócrita da minha parte, que me orgulho de pertencer a um clube diferente dos demais, vir aqui dizer que não me sinto envergonhado com tudo isto. Claro que sinto.
Mas atenção, sinto-me envergonhado não pelo Sporting, mas pelo seu dirigente que, na minha opinião, num país onde fruta é servida no hotel antes do jogo, demonstrou claramente que não tem categoria para ser dirigente desportivo.
Pensarão os meus amigos que digo isto por ele ter, alegadamente, simulado uma corrupção a um senhor que não precisa de ser corrompido para ser miserável e incompetente (se este espaço fosse famoso, agora vinham os senhores da APAF não negar a incompetência do seu associado, mas dizer que este tem um "enorme curriculo".) Mas não, eu sinto-me envergonhado porque, a ser verdade o que os jornais dizem, o PPC não tem categoria para ser malandro, o que é de estranhar atendendo ao facto de ser um ex-PJ.
Quer-se dizer, o Estoril foi jogar contra o Carnide a última jornada do campeonato ao Algarve "para agradar aos seus sócios", que curiosamente são poucos e moram no Estoril, e nada se fala; o youtube propocionou-me momentos de prazer ao ouvir umas famosas escutas, que nem o outro com a fruta no hotel deve ter tido tanto prazer, e também aí todos assobiaram para o lado; e agora o PPC simula uma corrupção, gasta-nos 2000 euros e fazem dele o maior bandido da aldeia.
Pá por favor!!!
O homem nem devia ser constituido arguido, porque na realidade com esta brincadeira, o que ele fez foi, sem margem para dúvidas, um favor ao futebol ao afastar esse bandeirinha de, pelo menos, um jogo de futebol!
Claro que os dois colossos da Madeira, ao estilo do seu presidente da região já se vieram pronunciar ( fazem lembrar aquele gajo que se coça o ano todo, chumba num exame, e aproveita o facto do amigo que estudou e se queixou da dificuldade do exame para justificar o seu fracasso..).
O "wanna be Pinto da Costa da Madeira" que tem um plantel que mais parece uma casa da especialidade atendendo ao número de brazucas que para lá tem, penso que não vale a pena comentar..
Já as declarações do presidente do Maritimo, essas sim eu percebo.
Deve ser aborrecido, um gajo estar uma semana toda a treinar a táctica que incluía um 12.º jogador a atacar numa parte e um 12.º a defender noutra parte e na véspera, aperceber-se que o jogo era de 11 para 11 (se calhar foi por isso que saltaram fora da taça...
Joguem mais e falem menos!

Monday, April 02, 2012

Eu ainda sou do tempo..



Eu ainda sou do tempo em que os mitras aparentavam ser homens/miúdos rudes.
Hoje em dia, como em todos os extractos sociais, a paneleirice começa a tomar conta dessa "classe social", que são os mitras.
Lembro-me que, antigamente, um gajo ia na rua e só de olhar para essa espécie, passava para o outro lado da rua.
Não sei se era por causa das calças de ganga largas e sujas, das botas pretas, dos ténis com aquela almofada XL a cobrir o peito do pé, dos gorros pretos, dos brincos, dos camisolões que aparentavam cobrir artilharia pesada. Algo havia naquela gente que me assustava e me fazia pedir à minha mãe para me ir buscar à escola (preparatória, vá...).
Os próprios carros dos "mitras" transmitiam uma atitude rude, com os seus escapes a deitar fumo e com os seus motores a fazerem mais barulho do que a desenvolver os, poucos, cavalos que possuiam.
Nos dias que correm, o mitra tal qual nós o conhecemos, está-se a tornar uma espécie em vias de extinção.
As calças largas foram substituidas por calças, falsas, da Salsa; os ténis XL deram lugar a sapatos de vela apertados que fazem todos os mitras "calçar" o 36; os gorros pretos foram substituidos por bónes de pala pequena de preferência da Lacoste que mais não protegem 3 ou 4 piolhos que o mitra estima em conservar no seu cabelinho; os brincos do mitra moderno passou do metal, para a imitação de diamantes; os camisolões foram substuídos por camisolas, cor-de-rosa, da Sacoor.
Depois há ali um pormenor de catalocismo muito importante num mitra que se preze, que é o terço em missangas, o qual eu honestamente desconfio que 90% dos mitras apenas usa para retirar uma outra pipoca que ficou entre um dos seus 2 dentes, aquando da sua útlima ida ao cinema ver o filme "Zona J".
Quanto aos carros, mitra que se preze tem um Audi a3, pese embora não declare ratola no IRS.
Por fim, o mitra moderno já não houve hip-hop, tendo adoptado o kizomba como sua música favorita de forma a "poder abanar a anca!"
Face a tudo isto, creio ser unânime a minha conclusão de que, os mitras viraram maricas!